Estamos mais ambientados em nossa rotina: acordar, remédio, tratamento, café-da-manhã, consulta médica, remédio, almoço, remédio, tratamento, remédio, pranayama, jantar, remédio, remédio, colírio, não-conseguir-dormir-enquanto-Diana-dorme...
As dores aumentaram e a médica perguntou se elas eram insuportáveis. Eu disse que se elas vierem a ser, eu sem dúvida a procuraria. As angústias também começaram, nos dois. Ataques de riso, bobiça, sono durante o dia, cansaço permanente, diálogos descontínuos, pessoas de todos os lugares do mundo, sempre nas refeições.
Pra passar o tempo, já acabamos a sexta temporada de House (dublado e com áudio-descrição de Diana). Agora, o tempo livre dedicamos a um mergulho na realidade indiana, lendo livros de ficção de autores daqui que trouxemos em português (na preparação, já tínhamos lido "O Deus das Pequenas Coisas" da Arundathi Roy, que, aliás, recomendamos muito!! Muito mesmo!).
É importante dizer que mesmo sem enxergar, é impossível não perceber a opressão de gênero, afinal todas as vezes que vamos abrir a porta ou sair, Diana tem que colocar um monte de roupa, mesmo aqui sendo bastante quente.
Saio com o uniforme 2 da seleção (que ganhei numa promoção da farmácia lá da esquina de casa) e alguns vêm me falar de Ronaldo, Kaká, Anderson e até Pelé.
Apesar das dores, vejam os sabores. Mesmo com dores e cansaço, podemos ser encontrados até o dia 22 de março em: Índia-Kerala-Kottakkal-Hospital ayurvédico. Estamos nessa jornada até o final. Assim como as árvores que são fáceis de achar, pois "ficam plantadas no chão". Com perseverança.
Incrível! Apesar de saber das suas dores, que sempre me incomodam, fico contente em saber que está sendo muito bem tratado e muito bem acompanhado. Que Deus os ilumine e dê motivos para sorrir mais que sentir dores...sempre é o que desejo.
ResponderExcluirOuvi essa música hoje de manhã, acordei e busquei no youtube... que coincidência!!
Fiquem bem,
Beijo no coração.